Por Lilian Primo Albuquerque
Um guarda de segurança holandês está vivendo uma experiência inovadora. Patrick Paumen, de 37 anos, não usa mais cartão de banco, celular ou dinheiro para pagar suas contas. Ele apenas estende sua mão esquerda sob a maquinha de cartão e voilà! O pagamento está feito.
E não se espante. Essa não é uma cena de ficção científica, isso é a vida real. Uma empresa anglo-polonesa chamada Walletmor, informou que desde o ano passado é a primeira a colocar à venda chips de pagamentos implantáveis.
Patrick implantou na sua mão esquerda um chip de pagamento que pesa menos de um grama, é um pouco maior que um grão de arroz e não precisa de bateria ou fonte de energia. Segundo ele, o procedimento para implantar dói tanto quanto um beliscão na pele.
Ele diz que se diverte na hora do pagamento quando apenas estende a sua mão para a máquina de cartão e o pagamento é aceito. As reações dos caixas são impagáveis. Este sistema já funciona em bares, restaurantes, supermercados, e em qualquer local que aceite pagamento por aproximação.
Mas como isso é possível?
Esses chips implantáveis de pagamento usam uma tecnologia que já estamos acostumados, desde chaveiros que destrancam portas, cartões de transporte público ou cartões bancários com função de pagamento por aproximação.
A tecnologia que a Empresa Walletmor usa é a de comunicação de campo próximo ou NFC, aqui no brasil conhecido como o sistema de pagamento por aproximação. Outros implantes de pagamento são baseados em identificação por radiofrequência (RFID), que é a tecnologia similar normalmente encontrada em cartões de débito e crédito físicos por aproximação.
Mas nem tudo são flores, o problema com esses chips é a preocupação com a nossa privacidade. No futuro, eles se tornarão cada vez mais avançados e cheios de dados privados de uma pessoa. O quanto estamos dispostos a renunciar a nossa privacidade pela comodidade a um palmo de distância?
Fica essa reflexão: você renunciaria a sua privacidade pela comodidade que a tecnologia pode oferecer?
