Dia Mundial do Sono: 73% dos brasileiros sofrem de insônia. Saiba como ter uma noite bem dormida

Dormir mal provoca uma série de problemas de saúde, especialistas dizem que é preciso ficar longe do celular Foto: Reprodução

Já acordou? Tudo bem, te damos um desconto porque hoje é o Dia Mundial do Sono. A data é para a gente refletir – ou sonhar – sobre a importância de uma noite bem dormida que revigore o corpo e a mente.

Até o dia 24 de março, a Associação Brasileira do Sono (ABS) promove um evento no Instagram – @absono – com mais de 200 atividades, envolvendo profissionais da área de todo o país para troca de ideias sobre doenças e distúrbios do sono. A programação está no site: semanadosono.com.br/.

Mas o que é dormir bem e dormir mal?

A neurologista Márcia Assis, especialista em distúrbios do sono e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono afirma que a quantidade de horas de acordo com a idade e de uma pessoa para outra. Os adultos, por exemplo, precisam dormir de 7 a 8 horas por noite.

A especialista cita alguns sintomas que você pode ter durante o dia se a sua noite não foi das melhores:

– sonolência;

-dor de cabeça;

-alteração do humor;

-erros e falhas constantes nas atividades de rotina;

-raciocínio lento;

-memória comprometida.

Para Márcia Assis, você sabe que dormiu bem quando acorda revigorado(a) e com disposição durante o dia.

Hoje em dia, ter um sono de qualidade é um privilégio em um mundo em guerra e com pandemia de Covid-19. A neurologista Márcia Assis lembra que uma pessoa estressada ou ansiosa demora mais para dormir quando coloca a cabeça no travesseiro e geralmente, acorda no meio da noite, pensando nas atividades do dia.

Segundo pesquisa da Associação Brasileira do Sono (ABS), 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia. Em grandes cidades, como São Paulo, em que o ritmo de vida é muito agitado, os índices são bem altos. Dados do Instituto do Sono (EPISONO) revelam que 45% da população paulistana queixa-se de insônia ou dificuldade para dormir.

Remédio para dormir

Márcia Assis alerta para o perigo da automedicação. “Se a insônia persistir, um especialista pode analisar o que piora e o que melhora o sono. Com o tempo, a pessoa pode se tornar dependente da medicação”, diz a médica.

A neurologista aponta atitudes que devem ser evitadas antes de dormir:

-não tomar remédio indicado por parentes e/ou amigos;

-não usar celular/tablets/computador antes de dormir (a claridade da tela dificulta o relaxamento);

-evitar alimentação pesada antes de ir para a cama;

-não consumir bebidas que contêm cafeína, como café e alguns chás;

-não abusar de bebidas alcoólicas.

Terror noturno

Despertar de súbito durante a noite com a sensação de medo, seguida de gritos e choro é um transtorno do sono conhecido como terror noturno. Normalmente, é mais comum entre as crianças, mas pode continuar na vida adulta. Segundo a especialista, tem ajuda médica e psicológica para o distúrbio.

A médica Márcia Assis também orienta para o que os especialistas chamam de “sono bom” ou “higiene do sono”:

– fazer exercícios físicos pela manhã ou até duas horas antes de dormir;

-tomar sol moderadamente;

-reduzir a luminosidade do quarto;

-ouvir uma música relaxante antes de deitar;

-banho para relaxar;

-yoga;

-meditação guiada.

Melatonina é modinha

Muita gente tem recorrido ao consumo de suplementos à base de melatonina para conseguir dormir. É um hormônio cíclico, produzido naturalmente no escuro e sincroniza o horário do nosso sono. A melatonina comunica o nosso organismo que é hora de dormir.

O pico acontece em todas as madrugadas e quando começa a amanhecer o nível baixa. “Não é indutor do sono é sincronizador para doenças específicas; para quem não consegue dormir”, explica a Márcia Assis. A recomendação é sempre procurar ajuda médica, segundo ela.

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