Juízes federais sem mobilizam por aumento salarial

O prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) é um dos monumentos de Brasília iluminados de rosa para a campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama

 

Juízes federais reclamam de perdas salariais de 49% e se mobilizam por aumento Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A promessa do presidente Jair Bolsonaro de conceder reajuste salarial de 5% a todos os servidores federais a partir de julho chegou ao Poder Judiciário. A Associação dos Juízes Federais do Brasil deve recorrer ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, em busca de um projeto que garanta aumento aos magistrados neste ano.

O presidente da Ajufe, Eduardo Fernandes, disse que a perda salarial da categoria, com base em cálculos a partir de 2006, está em 49%, mas descarta essa reivindicação. Por enquanto, a ideia é conseguir o aumento de 5%.

Atualmente, a despesa média mensal por juiz para os cofres públicos, incluindo salário, indenizações, encargos e impostos de renda e despesas como passagens aéreas e diárias, é de 48 mil reais, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. 

Se não conseguirem apoio do Supremo, os juízes federais têm um plano B, que é a PEC do Quinquênio em tramitação na Câmara. A Proposta de Emenda à Constituição estabelece aos magistrados da União e aos integrantes do Ministério Público uma adicional  de 5 por cento do salário a cada cinco anos.

Banco Central

Já os servidores do Banco Central resolveram dar um “voto de confiança” ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e suspenderam a greve por duas semanas na tentativa de avançar nas negociações por recomposição salarial e reestruturação de carreiras.

Até dia 2 de maio, a categoria adotará operação-padrão, em que as atividades funcionam em ritmo mais lento. A categoria sinalizou que pode abrir mão da reivindicação de aumento de 27 por cento em troca do cumprimento integral de outras demandas.

Em média, um analista do Banco Central ganha 26 mil reais por mês.

A polêmica em torno do reajuste dos servidores públicos federais começou com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de conceder aumento apenas para os policiais federais. As demais categorias do funcionalismo reagiram à decisão do presidente. 

A saída encontrada por Bolsonaro foi dar uma aumento de 5 por cento para todas as categorias, o que não agradou a elite dos servidores públicos.

Nos portos e aeroportos a liberação de mercadorias sofre atrasos por causa da operação padrão dos funcionários da Receita Federal.

As entidades de classe da Polícia Federal marcaram para o próximo dia 28 uma manifestação em todo Brasil para cobrar do presidente Bolsonaro um aumento salarial superior aos 5 por cento previstos hoje para todos os servidores públicos.

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