Voluntários se mobilizam para alimentar soldados e refugiados na Ucrânia

Cozinheiros voluntários da ONG fundada por José Andrés momentos antes do bombardeio em Kharkiv. Foto Redes Sociais

Enquanto o noticiário do mundo inteiro destaca a ação das forças russas e de como as ucranianos estão se defendendo da invasão com o uso muitas vezes improvisado de coquetéis molotov e formação de barricadas, um exército silencioso de voluntários já é o vencedor pelos atos de solidariedade em meio à destruição provocada pelas bombas.

Reconhecido mundialmente pela criativadade em seus pratos exibidos nos programas de TV, o chefe espanhol José Andrés fundou em 2010, depois do terremoto no Haiti, a ONG Central de Cozinha Mundial, dedicada a fornecer refeições após desastres naturais.

José Andrés mobiliza cozinheiros voluntários em tragédias humanitárias Foto: Redes Sociais

O tremor em solo haitiano deixou 300 mil mortos, dezenas de milhares de feridos e mais de 1,5 milhão de desabrigados, e desde então José Andrés passou a reunir batalhões de cozinheiros voluntários para atuar em tragédias humanitárias.

Na Ucrânia, o grupo faz e distribui comida para militares que estão na guerra e as famílias que estão deixando o país e vão caminhar por horas e horas e passar frio até cruzar a fronteira, principalmente com a Polônia.

Refugidos recebem comida durante caminhada até a fronteira da Ucrânia com a Polônia Foto: Redes Sociais

A ONG Central de Cozinha Mundial também providencia alimentos para quem decidiu permanecer na Ucrânia, abrigados no bunkers. Coragem é o principal ingrediente desses pratos! O lema da organização, que é inglês é WCK, pode ser traduzido como “onde tem batalha, tem fome. As pessoas merecem comer e nós estaremos lá”. A Organização Não-Governamental também faz parcerias com os cozinheiros locais.

O chef José Andrés está na Ucrânia e conta nas redes sociais que o pessoal da cozinha em Kharkiv, segunda maior cidade do país, teve que trabalhar sem energia elétrica porque a cidade foi bombardeada. Ninguém da equipe se feriu. “Verdadeiros heróis”, disse o espanhol em uma rede social. Em outro vídeo, o chef celebridade chega a chorar com a situação da Ucrânia.O dinheiro para os marmitex, sopas e pães é de doações do mundo todo.

Frente Brazuca

Outra inciativa voluntária é o trabalho da brasileira Clara Magalhães, que vive na Alemanha e está entrando na zona de conflito, com o próprio carro para ajudar brasileiros a deixar a Ucrânia com caronas. É a Frente Brazuca  de resgate.

 

Clara Magalhães ajuda brasileiros a deixar a Ucrânia Foto: Redes Sociais

Se por um lado os ataques bélicos se intensificam, ao mesmo tempo os suprimentos de roupas, comidas e remédios também chegam aos refugiados por meio de voluntários que arriscam a vida tentando levar um pouco de conforto e esperança para quem sofre. É o exército da empatia. #chefsforukraine #frentebrazucra.

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