Ucrânia não quer voluntários brasileiros em seu exército

Bombardeiros das tropas russas causam cenário de destruição nas cidades ucranianas Foto: Nexta TV

Um grupo de 35 brasileiros que estava de malas prontas para lutar como voluntários pela Ucrânia cancelou a viagem após receber a informação de representantes ucranianos de que não são bem-vindos nas forças de defesa do país.

Segundo o Portal Metrópoles, ao entrarem em contato com as forças ucranianas por e-mail para combinar um encontro na Polônia,os voluntários foram informados de que o Brasil está em uma lista de países cujos cidadãos não são aceitos na legião de voluntários.

Nenhuma razão foi apontada para a inclusão do Brasil na lista que conta com outros países, como a própria Rússia, Belarus e todo o continente africano.

A desconfiança de um dos coordenadores do grupo, Bruno Bastos, é de que isso acontece devido à dubiedade de Jair Bolsonaro em relação ao conflito.

Já o Portal UOL teve acesso a relatos de dois brasileiros que tentaram se alistar nas forças ucranianas e ouviram que foram recusados por causa da posição do presidente Jair Bolsonaro na guerra.

Bolsonaro tem evitado criticar a Rússia e antes dos confrontos visitou o presidente Vladimir Putin.

As forças ucranianas recuperaram nesta terça-feira (22) o controle da cidade de Makariv, a 48 quilômetros da capital, Kiev, após dias de combates, declararam as Forças Armadas da Ucrânia em suas redes sociais.

Makariv havia sofrido danos significativos de ataques aéreos russos nos últimos dias. A informação foi divulgada pela CNN, que relata ainda não ter confirmado de maneira independente o relato das forças ucranianas.

A capital Kiev entra hoje em mais um dia de toque de recolher, já que autoridades esperam por novos ataques dos russos. Lojas, farmácias, postos de gasolina, instituições não vão funcionar. Somente aqueles com permissão especial poderão circular pela cidade.

A guerra entre russos e ucranianos está perto de completar um mês – teve início em 24 de fevereiro. Os russos dominaram cidades de regiões separatistas e cercaram a capital. Negociações entre as delegações têm conseguido pouco avanço.

O governo russo adotou ontem um tom grave para descrever as relações diplomáticas com os americanos. As relações com os Estados Unidos estão próximas da ruptura.

Foi o que disse o Kremlin ao convocar o embaixador americano John Sullivan para protestar contra os comentários considerados inaceitáveis de Joe Biden, que chamou o presidente russo Vladimir Putin de “criminoso de guerra” e “ditador assassino”.

Do outro lado, o presidente americano buscou mostrar união com os aliados europeus, e convocou os líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido para discutir uma resposta coordenada à Rússia.

A gravidade da situação mundial se mede também pelas reuniões previstas esta semana em Bruxelas: Otan, G7 e Conselho Europeu. Com Joe Biden presente, antes de ir à Polônia. Em Bruxelas, os ministros de Relações Exteriores da União Europeia se reuniram para discutir novas sanções à Rússia, incluindo o embargo do gás e do petróleo. Mas não houve consenso.

Ataques cibernético e químico- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou sobre potenciais ataques cibernéticos da Rússia contra o país, dizendo que Moscou tem capacidade para lançar tais ofensivas.

Biden disse também que as falsas acusações que a Rússia pratica contra Kiev ao afirmar que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas dão indícios de que o presidente russo Vladimir Putin considera usá-las.

Escassez de alimentos

A invasão russa na Ucrânia representa uma ameaça ao cultivo e distribuição de alimentos no mundo e pode aumentar o número de pessoas que passam fome no planeta.

Uma parte essencial do trigo, milho, cevada e fertilizantes do mundo está presa na Rússia, na Ucrânia e em Belarus por causa da guerra.

Desde a invasão no mês passado, os preços do trigo aumentaram 21%, a cevada 33% e alguns fertilizantes 40%. As fazendas ucranianas devem perder o calendário de plantio e colheita.

As fábricas de fertilizantes europeias estão reduzindo a produção por causa dos altos preços da energia. Agricultores do Brasil e dos Estados Unidos estão cortando fertilizantes, o que pode reduzir as colheitas.

Os custos do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas já aumentaram em 71 milhões de dólares por mês. O programa alimenta 125 milhões de pessoas por dia no mundo.

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