Após mísseis e sequestro de prefeitos, Ucrânia teme por ataque a países da Otan

Aviões de guerra russos dispararam ontem cerca de 30 mísseis contra uma base militar ucraniana ​localizada a cerca de 25 quilômetros da fronteira com a Polônia. Pelo menos 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas, entre eles, militares e civis.

No sábado, a Rússia bombardeou cidades em toda a Ucrânia, impedindo tentativas de retirada de pessoas de várias regiões e do envio de comida, água e remédios aos locais. Na cidade de Donetsk, autoridades locais também disseram que tropas russas não estão respeitando os corredores humanitários.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu novamente à Otan uma zona de exclusão aérea em seu país e advertiu que caso contrário, membros da aliança militar serão atacados pela Rússia.

(foto: reprodução TV)

Negociações – Apesar dos ataques deste fim de semana, autoridades russas e ucranianas fizeram avaliações mais otimistas sobre o progresso em suas negociações com relação à guerra na Ucrânia, sugerindo que pode haver resultados positivos dentro de alguns dias. O conflito entre Rússia e Ucrânia entra nesta segunda-feira, 14, no décimo nono dia, mas o número de mortos é impreciso, já que há dificuldades em registrar a quantidade de vítimas. O Conselho de Gabinete da Presidência da Ucrânia anunciou, para hoje, uma sessão de negociações com a Rússia para “resumir os resultados preliminares” das tratativas entre os países até aqui.

Papa – Neste fim de semana, o Papa Francisco fez um apelo para que a guerra na Ucrânia seja interrompida e pediu que os responsáveis pensem nas crianças, que estão sofrendo com o conflito desde a invasão russa em 24 de fevereiro. Desde o início da guerra, Francisco tem apelado para que cessem os ataques armados, pedindo respeito ao direito internacional, além da criação de corredores humanitários para permitir a retirada de civis e entrada de ajuda. De acordo com o Parlamento ucraniano, pelo menos 71 crianças foram mortas desde o início da invasão das tropas russas.

Sequestros – O desaparecimento repentino de pelo menos cinco prefeitos de cidades que resistiram ao avanço das forças russas é visto pelo governo ucraniano como um sinal de como o Kremlin espera governar uma eventual Ucrânia completamente dominada. Já dentro da Rússia, Putin tem mostrado pouca tolerância com manifestações contrárias à guerra na Ucrânia. Neste fim de semana, dezenas de protestos foram registrados no país; e quase mil pessoas foram detidas, elevando o número total de prisões em manifestações antiguerra para cerca de 15 mil em 112 cidades, de acordo com grupos de direitos humanos

Joe Biden – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que vai enviar mais de duzentos milhões de dólares em artigos de defesa e equipamentos para a Ucrânia, como suporte no conflito contra a Rússia. São sistemas anti-blindagem, antiaéreos e armas. A decisão eleva o total da ajuda americana para mais de 1 bilhão de dólares desde janeiro de 2021. Antes, uma agência de notícias russa já havia informado que o governo de Vladimir Putin está disposto a reabrir o diálogo com os Estados Unidos sobre o controle de armas.

 

Com informações de O Estado de S.Paulo e O Globo

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