Portugal volta a exigir o uso de máscara e teste de covid-19 para viajantes

The population takes advantage of its newfound freedom to get some fresh air by walking, or running and cycling in front of the Belem Tower. Lisbon, Portugal, May 05, 2020. La population profite de sa liberte retouvee pour prendre l air en marchant, ou courant et en fesant du velo devant la tour de Belem. Lisbonne, 5 Mai 2020.NO USE FRANCE

Menos de dois meses depois de eliminar a maioria das restrições pela covid-19, o governo de Portugal recuou e decidiu, nesta quinta-feira, 25, reimpor uma série de medidas para conter o aumento de infecções no país – seguindo a tendência do continente europeu.

A partir de 1º de dezembro, o uso de máscara será novamente obrigatório em espaços fechados. Também será exigida a apresentação de um certificado digital comprovando a vacinação ou recuperação da covid-19 para a entrada em restaurantes, cinemas e hotéis, e mesmo as pessoas vacinadas precisarão de um teste negativo para visitar hospitais, lares de idosos, eventos esportivos, bares e discotecas.

Além disso, todos os passageiros que entrarem no país por via aérea terão que apresentar testes negativos de covid-19, mesmo aqueles que já tenham sido imunizados. As sanções a companhias aéreas que deixam entrar pessoas a bordo sem o teste também serão endurecidas, com multa de 20 mil euros (R$ 124.750,00) por passageiro ou até mesmo a suspensão da licença de voo de um passageiro em território nacional.

(foto: Agência Brasil)

Para cumprir a medida, o governo disse que irá reforçar os controles nos aeroportos e utilizará empresas de segurança privada para verificar sistematicamente se todos os passageiros cumprem as regras. Atualmente, o procedimento é feito de forma aleatória.

Com uma taxa de vacinação de 86%, Portugal começou a levantar as restrições há cerca de dois meses. Porém, o recente aumento no número de casos de covid-19, obrigou o governo a agir, segundo o primeiro-ministro António Costa.

Apesar da reimposição das restrições, contudo, Costa afirmou que o avanço da pandemia no país não segue o mesmo ritmo da escala de casos vista em outras partes da Europa.

Oficialmente, 3.150 novos casos foram registrados no país nesta quinta-feira, com 691 pessoas hospitalizadas, 103 delas em unidades de cuidados intensivos, e quinze óbitos. O patamar é muito superior ao registrado no começo de novembro, quando mais de 500 novos casos eram registrados por dia, o número de hospitalizados era pouco superior a 360 pessoas – com 60 em cuidados intensivos – e cinco mortes. Desde o começo da pandemia, 18.400 pessoas morreram pela doença em Portugal.

“Temos que estar permanentemente atentos e acompanhar a evolução da situação, e buscar antecipá-la quando for possível para controlar a pandemia”, disse Costa.

Ainda segundo o premiê, as medidas são necessárias em função de alguns fatores, como o aumento de casos em outros países da União Europeia, a aproximação do inverno – que traz mais infecções respiratórias – e porque as famílias estarão em contato próximo no Natal.

O governo recomendou ainda que os portugueses façam testes regularmente e que trabalhem de casa sempre que possível, mas autoridades negam a necessidade de um lockdown nacional neste momento. (Com agências internacionais)

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