Guia de diversidade da GPTW reúne boas práticas do mercado de trabalho

A pauta de diversidade e inclusão se fortalece cada vez mais nas empresas, seja por uma pressão do mercado financeiro, da sociedade ou demanda interna. Mas, por ser um assunto relativamente novo, dúvidas podem surgir sobre como implementar políticas adequadas de D&I. Para ajudar na empreitada, a consultoria empresarial Great Place To Work (GPTW) lançou um guia de diversidade que reúne as melhores práticas do mercado de trabalho.

 

O material foi construído a partir das estratégias adotadas por algumas das empresas eleitas pela GPTW como as melhores para se trabalhar. Anualmente, a consultoria reconhece essas companhias em um ranking, além de fazer análises do ambiente corporativo e oferecer ferramentas para que as organizações tenham um bom desempenho em termos de liderança, transformação digital, diversidade e experiência dos funcionários, entre outros temas.

 

No Guia de Diversidade, que pode ser baixado gratuitamente neste link, estão reunidas as principais práticas implementadas até agora em empresas como Microsoft Brasil, Magazine Luiza, RD Station, Grupo Boticário, IBM, Accenture e Takeda. Os tópicos abordados são equidade de gênero, licença para mães, pais e famílias, questões étnico-raciais, comunidade LGBTQ+, diversidade etária e pessoas com deficiência. O objetivo é que as ações discutidas ajudem outras companhias a construir estratégias de D&I.

 

O guia chama a atenção para o fato de que “focar em diversidade não é mais apenas uma boa prática adotada por algumas poucas empresas. Hoje, esse trabalho está sendo um pilar nas mais diversas organizações, independentemente de setor de atuação e tamanho”. Mais do que isso, os intensos debates sobre boas políticas sociais, ambientais e de governança (ESG) corroboram com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU como agenda para 2030.

 

Exemplo de que o assunto está em alta é que 93% das empresas premiadas pela GPTW como melhores para se trabalhar no Brasil em 2021 contam com uma pessoa responsável por combater a discriminação e promover a diversidade. A pauta tem evoluído aos poucos, conforme mostram dados comparativos da consultoria enviados ao Estadão Carreira e Empreendedorismo.

 

Em 1997, 30 empresas foram premiadas, nas quais havia uma distribuição geral de 35% de mulheres. Em 2006, esse porcentual evoluiu para 42% (de cem organizações) e se manteve neste ano, quando foram reconhecidas 150 companhias. Nos dois últimos anos comparativos, chama a atenção a presença feminina em cargos de presidência e diretoria: 12% em 2006 e 31% em 2021.

 

As melhores práticas apontadas pelo guia para atrair, reter e capacitar mulheres envolvem impulsionar programas internos, treinar lideranças em D&I, contratar um profissional em nível gerencial para se dedicar à avaliação da contratação de mulheres e outros grupos minorizados, definir metas para ampliar a presença feminina na liderança e olhar para as questões de violência doméstica e assédio, com canal interno de denúncias.

 

Os dados também mostram aumento, ainda que discreto, do grupo de pessoas maduras. A faixa etária de 45 a 54 anos era de 9% em 2006 e agora é 11%. Já o perfil com 55 anos ou mais passou de 1% para 3%. Um dos primeiros passos para integrar mais profissionais maduros é repensar o processo de recrutamento e seleção. O guia cita o exemplo da farmacêutica Takeda, que tem o programa Estágio 55+, que dá oportunidade a pessoas dessa faixa etária que estão cursando uma faculdade para ingressar ou retornar ao mercado de trabalho.

 

Para a elaboração do guia, a GPTW contou com a participação de parceiros como a Maturi, que aborda temas de longevidade, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Movimento Mulher 360, CKZ Diversidade, Geração Social e iigual Inclusão e Diversidade, voltado a pessoas com deficiência.

Agência Estado

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