Ex-patroa diz que não pagava doméstica porque a considerava irmã

Um caso ocorrido em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, envolvendo uma doméstica resgatada do trabalho análago à escravidão teve mais uma história surpreendente ontem.

Na semana passada, Madalena Santiago da Silva, atualmente com 62 anos, e que trabalhou durante 54 anos para uma família sem receber salários, causou comoção ao dizer para uma repórter que tem medo de pegar na mão de pessoas brancas.

Agora, foi revelado que em depoimento a auditores do Ministério do Trabalho, a ex-patroa Sônia Seixas Leal disse que nunca pagou salário para Madalena porque considerava a doméstica uma irmã.

Durante as décadas de trabalho na casa da família de Sônia, Madalena sofreu maus -tratos e acumulou dívidas feitas pela patroa. A Justiça do Trabalho bloqueou bens no valor de 1 milhão de reais para garantia das verbas rescisórias e dos danos morais pagos à doméstica.

Atualmente, Madalena da Silva recebe seguro desemprego e um salário mínimo da ação cautelar do Ministério Público do Trabalho.

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