Estudo inédito mostra diferenças nas abordagens policiais a brancos e negros

Brasil, Rio de Janeiro, RJ. 13/06/2007. Soldados da Força Nacional de Segurança fazem revista durante ocupação a Favela da Grota, Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro. - Crédito:FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:24350

Um estudo inédito feito em SP e no Rio de Janeiro mostra que pessoas negras têm 4 vezes e meia mais chances de serem abordadas pela polícia do que as brancas.

Para pessoas negras, a cor da pele foi mencionada em 46% das abordagens. Já para pessoas brancas, o índice é de 7% delas.

Quase 80% dos participantes negros classificaram como ruins ou péssimas essas experiênciass. Já no grupo de pessoas brancas, a taxa ficou em 47%.

O levantamento mostra também que 89% das pessoas negras que passaram por abordagem policial relataram terem sofrido algum tipo de violência física, verbal ou psicológica. Para as pessoas brancas, o número é de 66,8%.

Em relação ao assédio moral, 18,9% dos negros foram vítimas da prática, enquanto 13% dos brancos relataram o ocorrido. Embora pequena, a frequência de ameaças também é maior entre os negros: 3,3% contra 2,2% no grupo de pessoas brancas.

O estudo, que traz muitos outros dados, foi feito pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa e o DataLab, organização social com sede no conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio. 

Foram ouvidas 1.018 pessoas, sendo 510 no Rio de Janeiro e 508 em São Paulo. Destes, 64% declararam já terem passado por pelo menos uma abordagem policial.

A enquete ouviu entrevistados no período de 3 de maio a 12 de junho de 2021. A análise dos dados levantados foi feita entre junho de 2021 e junho deste ano.

 

Com informações da Agência Brasil

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