Populismo é a causa da crise econômica e política no Brasil, diz candidato do Novo à Presidência

Felipe d’Ávila critica o populismo que domina a mente dos políticos brasileiros Foto: Reprodução

O pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Novo, Felipe d’Ávila, atribuiu ao populismo de direita, representado pelo presidente Jair Bolsonaro, e de esquerda, tendo à frente Luiz Inácio Lula da Silva, a causa principal da crise econômica que o Brasil enfrenta, e também política, com crises diárias envolvendo as instituições.

Em entrevista no Nova Manhã aos apresentadores Mauro Tagliaferri e Michelle Trombelli, ele afirmou que é justamente por causa do populismo que o Brasil está há 20 anos em recessão, a inflação crescente e o aumento da miséria com o desemprego e a queda na renda população. Na análise do pré-candidato do Partido Novo, bastar tomar a Coreia do Sul como exemplo para entender o quanto o populismo tirar a perspectiva de futuro do país. Segundo ele, até 1980 o Brasil era mais rico que a Coreia do Sul, mas como não investiu na indústria e na educação perdeu o rumo do desenvolvimento.

D’Ávila, que é cientista político e mestre em administração pública pela Univesidade de Harvard, citou como exemplo o caso envolvendo o deputado Daniel Silveira, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelos ataques às instituições e logo em seguida perdoado num ato do presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação do pré-candidato do Novo à Presidência, a situação chegou a esse ponto pela omissão da Câmara, que não cassou o mandato de Silveira por agir contra o próprio parlamento, e foi parar no ato de perdão de Bolsonaro porque o presidente faz questão de provocar tensões entre os poderes para dizer que ele é quem manda no país.

D’Ávila também criticou o comportamento do Congresso, que segundo ele é formado por caciques que têm como prioridade o controle dos recursos públicos para continuar no poder com seus grupos políticos. O cientista político diz que sua afirmação é comprovado pelo interesse dos parlamentares em manter o dinheiro público em Brasília, em vez de dar autonomia para os Estados e municípios, que arrecadam os recursos. Dessa forma, o dinheiro precisará sempre de um intermediário para sua liberação, o que abre diretamente o caminho para a corrupção. Outro assinte, de acordo com Felipe D’Ávila, é o país gastar R$ 5 bilhões com o Fundo Eleitoral num período de dois meses e R$ 670 milhões na compra de vacinas contra a covid-19, o que para ele é uma inversão toral de prioridades.

Felipe D’Ávila disse que também que está desanimado com a terceira via. Ele disse que chegou a propor rodas de conversas em todas as regiões do país em buscas de propostas para um projeto de governo, mas os caciques políticos dos partidos tradicionais deram prioridade ao debate em torno da escolha de um nome para ser candidato numa postura de arrogante que não interessa ao futuro do país.

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